segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Atividades para 8º ano.

Interpretação textual.
Gatinhos e gatinhas, aqui tem uma atividade "pequenininha" para vocês responderem.rsrsrsr
Sejam atenciosos e cautelosos. bjssssssssssssssssssss!!!!!

1)
O SAPO
Era uma vez um lindo príncipe por quem todas as moças se apaixonavam. Por ele também
se apaixonou a bruxa horrenda que o pediu em casamento. O príncipe nem ligou e a bruxa ficou muito brava. “Se não vai casar comigo não vai se casar com ninguém mais!” Olhou fundo nos olhos dele e disse: “Você vai virar um sapo!” Ao ouvir esta palavra o príncipe sentiu estremeção. Teve medo. Acreditou. E ele virou aquilo que a palavra feitiço tinha dito. Sapo. Virou um sapo.
(ALVES, Rubem. A alegria de ensinar. Ars Poética, 1994.)
No trecho “O príncipe NEM LIGOU e a bruxa ficou muito brava.”, a expressão destacada
significa que:
(A) não deu atenção ao pedido de casamento.
(B) não entendeu o pedido de casamento.
(C) não respondeu à bruxa.
(D) não acreditou na bruxa.



2)
Vínculos, as equações da matemática da vida

Quando você forma um vínculo com alguém, forma uma aliança. Não é à toa que o
uso de alianças é um dos símbolos mais antigos e universais do casamento. O círculo dá a noção de ligação, de fluxo, de continuidade. Quando se forma um vínculo, a energia flui. E o vínculo só se mantém vivo se essa energia continuar fluindo. Essa é a idéia de mutualidade, de troca.
Nessa caminhada da vida, ora andamos de mãos dadas, em sintonia, deixando a energia fluir, ora nos distanciamos. Desvios sempre existem. Podemos nos perder em um deles e nos reencontrar logo adiante. A busca é permanente. O que não se pode é ficar constantemente fora de sintonia.
Antigamente, dizia-se que as pessoas procuravam se completar através do outro,
buscando sua metade no mundo. A equação era: 1/2 + 1/2 = 1.
"Para eu ser feliz para sempre na vida, tenho que ser a metade do outro." Naquela loteria do casamento, tirar a sorte grande era achar a sua cara-metade.
Com o passar do tempo, as pessoas foram desenvolvendo um sentido de individualização maior e a equação mudou. Ficou: 1 + 1 = 1.
"Eu tenho que ser eu, uma pessoa inteira, com todas as minhas qualidades, meus defeitos, minhas limitações. Vou formar uma unidade com meu companheiro, que também é um ser inteiro." Mas depois que esses dois seres inteiros se encontravam, era comum fundirem-se, ficarem grudados num casamento fechado, tradicional. Anulavam-se mutuamente.
Com a revolução sexual e os movimentos de libertação feminina, o processo de individuação que vinha acontecendo se radicalizou. E a equação mudou de novo: 1 + 1 = 1 + 1.
Era o "cada um na sua". "Eu tenho que resolver os meus problemas, cuidar da minha
própria vida. Você deve fazer o mesmo. Na minha independência total e autossuficiência absoluta, caso com você, que também é assim." Em nome dessa independência, no entanto, faltou sintonia, cumplicidade e compromisso afetivo. É a segunda crise do casamento que acompanhamos nas décadasde 70 e 80.
Atualmente, após todas essas experiências, eu sinto as pessoas procurando
outro tipo de equação: 1 + 1 = 3.
Para a aritmética ela pode não ter lógica, mas faz sentido do ponto de vista emocional e existencial. Existem você, eu e a nossa relação. O vínculo entre nós é algo diferente de uma simples somatória de nós dois. Nessa proposta de casamento, o que é meu é meu, o que é seu é seu e o que é nosso é nosso.
Talvez aí esteja a grande mágica que hoje buscamos, a de preservar a individualidade sem destruir o vínculo afetivo. Tenho que preservar o meu eu, meu processo de descoberta, realização e crescimento, sem destruir a relação. Por outro lado, tenho que preservar o vínculo sem destruir a individualidade, sem me anular.
Acho que assim talvez possamos chegar ao ano 2000 um pouco menos divididos entre a sede de expressão individual e a fome de amor e de partilhar a vida. Um pouco mais inteiros e felizes.
Para isso, temos que compartilhar com nossos companheiros de uma verdadeira intimidade. Ser íntimo é ser próximo, é estar estreitamente ligado por laços de afeição e
confiança.
(MATARAZZO, Maria Helena. Amar é preciso. 22. ed. São Paulo: Editora Gente, 1992. p. 19-21)
I-O texto trata PRINCIPALMENTE
(A) da exatidão da matemática da vida.
(B) dos movimentos de libertação feminina.
(C) da loteria do sucesso no casamento.
(D) do casamento no passado e no presente.

II-No texto, no casamento, atualmente, defende-se
a ideia de que
(A) a felicidade está na somatória do casal.
(B) a unidade é igual à soma das partes.
(C) o ideal é preservar o “eu” e o vínculo afetivo.
(D) o melhor é cada um cuidar de sua própria vida.


3)
As Amazônias
Esse tapete de florestas com rios azuis que os astronautas viram é a Amazônia. Ela
cobre mais da metade do território brasileiro. Quem viaja pela região não cansa de admirar as belezas da maior floresta tropical do mundo. No início era assim: água e céu.
É mata que não tem mais fim. Mata contínua, com árvores muito altas, cortada
pelo Amazonas, o maior rio do planeta. São mais de mil rios desaguando no Amazonas. É água que não acaba mais.
SALDANHA, P. As Amazônias. Rio de Janeiro:Ediouro, 1995.

I-No texto, o uso da expressão “água que não acaba mais” revela:
(A) admiração pelo tamanho do rio.
(B) ambição pela riqueza da região.
(C) medo da violência das águas.
(D) surpresa pela localização do rio.

II-O texto trata:
(A) da importância econômica do rio Amazonas.
(B) das características da região Amazônica.
(C) de um roteiro turístico da região do Amazonas.
(D) do levantamento da vegetação amazônica.

III-A frase que contém uma opinião é:
(A) “cobre mais da metade do território brasileiro”.
(B) “não cansa de admirar as belezas da maior floresta”.
(C) “...maior floresta tropical do mundo”.
(D) “Mata contínua [...] cortada pelo Amazonas”.


4)

O boto e a Baía da Guanabara

Piraiaguara sentiu um grande orgulho de ser carioca. Se o Atobá Maroto tinha
dado nome para as ilhas, ele e todos os outros botos eram muito mais importantes.
Eleseram o símbolo daquele lugar privilegiado: a cidade do Rio de Janeiro.
- A “mui leal e heroica cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro”.
Piraiaguara fazia questão de lembrar do título, e também de toda a história da
cidade eda Baía de Guanabara.
Os outros botos zombavam dele:
- Leal? Uma cidade que quase acabou conosco, que poluiu a baía? Heroica?
Uma cidade que expulsou as baleias, destruiu os mangues e quase não nos deixou
sardinhas para comer? Olha aí para o fundo e vê quanto cano e lixo essa cidade jogou
aqui dentro!
-Acorda do encantamento, Piraiaguara! O Rio de Janeiro e a Baía de
Guanabara foram bonitos sim, mas isso foi há muito tempo. Não adianta ficar suspirando
pela beleza do Morro do Castelo, ou pelas praias e pela mata que desapareceram. Olha
que, se continuar sonhando acordado, você vai acabar sendo atropelado por um navio!
O medo e a tristeza passavam por ele como um arrepio de dor. Talvez nenhum
outro boto sentisse tanto a violência da destruição da Guanabara. Mas, certamente,
ninguém conseguia enxergar tão bem as belezas daquele lugar.
Num instante, o arrepio passava, e a
alegria brotava de novo em seu coração.
HETZEL, B. Piraiaguara. São Paulo: Ática, 2000. p. 16 – 20.

I-Os outros botos zombavam de Piraiaguara, porque ele:
(A) conhecia muito bem a história do Rio de Janeiro.
(B) enxergava apenas o lado bonito do Rio de Janeiro.
(C) julgava os botos mais importantes do que os outros animais.
(D) sentia tristeza pela destruição da Baía da Guanabara.

II-O fato que provoca a discussão entre as personagens é:
(A) a escolha de nomes de botos para as ilhas.
(B) a história da cidade do Rio de Janeiro.
(C) o orgulho do boto pela cidade do Rio de Janeiro.
(D) os perigos do Rio de Janeiro para os botos.

III-Em “se continuar sonhando acordado, você vai
acabar sendo atropelado por um navio!”,o termo destacado estabelece, nesse
trecho, relação de:
(A) causa.
(B) concessão.
(C) condição.
(D) tempo.


5)

O Encontro
(fragmento)

Em redor, o vasto campo. Mergulhado em névoa branda, o verde era pálido e opaco.
Contra o céu, erguiam-se os negros penhascos tão retos que pareciam recortados
a faca. Espetado na ponta da pedra mais alta, o sol espiava atrás de uma nuvem.
“Onde, meu Deus?! – perguntava a mim mesma – Onde vi esta mesma paisagem,
numa tarde assim igual?”
Era a primeira vez que eu pisava naquele lugar. Nas minhas andanças pelas
redondezas, jamais fora além do vale. Mas nesse dia, sem nenhum cansaço, transpus a
colina e cheguei ao campo. Que calma! E que desolação. Tudo aquilo – disso estava bem
certa – era completamente inédito pra mim. Mas por que então o quadro se identificava,
em todas as minúcias, a uma imagem semelhante lá nas profundezas da minha memória?
Voltei-me para o bosque que se estendia à minha direita. Esse bosque eu também já
conhecera com sua folhagem cor de brasa dentro de uma névoa dourada. “Já vi tudo isto,
já vi... Mas onde? E quando?”
Fui andando em direção aos penhascos. Atravessei o campo. E cheguei à boca do
abismo cavado entre as pedras. Um vapor denso subia como um hálito daquela garganta
de cujo fundo insondável vinha um remotíssimo som de água corrente. Aquele
som eu também conhecia. Fechei os olhos. “Mas se nunca estive aqui! Sonhei, foi isso?
Percorri em sonho estes lugares e agora os encontro palpáveis, reais? Por uma dessas
extraordinárias coincidências teria eu antecipado aquele passeio enquanto dormia?”
Sacudi a cabeça, não, a lembrança – tão antiga quanto viva – escapava da
inconsciência de um simples sonho.[...]
TELLES, Lygia Fagundes. Oito contos de amor. São Paulo: Ática.

Na frase “Já vi tudo isso, já vi... Mas onde?”,o uso das reticências sugere
(A) impaciência.
(B) impossibilidade.
(C) incerteza.
(D) irritação.


6)
Seja criativo: fuja das desculpas manjadas
- Entrevista com teens, pais e psicólogos mostram que os adolescentes dizem sempre
a mesma coisa quando voltam tarde de uma festa. Conheça seis desculpas entre as mais
usadas. Uma sugestão: evite-as. Os pais não acreditam.
- Nós tivemos que ajudar uma senhora que estava passando muito mal. Até o
socorro chegar... A gente não podia deixar a pobre velhinha sozinha, não é?
- O pai do amigo que ia me trazer bateu o carro. Mas não se preocupem, ninguém se machucou!
- Cheguei um minuto depois do ônibus ter partido. Aí tive de ficar horas esperando
uma carona...
- Você acredita que o meu relógio parou e eu nem percebi?
- Mas vocês disseram que hoje eu podia chegar tarde, não se lembram?
- Eu tentei avisar que ia me atrasar, mas o telefone daqui só dava ocupado!

De acordo com o texto, os pais não acreditam em:
(A) adolescentes.
(B) psicólogos.
(C) pesquisas.
(D) desculpas.


7)
Duas Almas

Ó tu, que vens de longe, ó tu, que vens cansada,
entra, e sob este teto encontrarás carinho:
eu nunca fui amado, e vivo tão sozinho,
vives sozinha sempre, e nunca foste amada...

A neve anda a branquear, lividamente, a estrada,
e a minha alcova tem a tepidez de um ninho.
Entra, ao menos até que as curvas do caminho
se banhem no esplendor nascente da alvorada.

E amanhã, quando a luz do sol dourar, radiosa,
essa estrada sem fim, deserta, imensa e nua,
podes partir de novo, ó nômade formosa!

Já não serei tão só, nem irás tão sozinha.
Há de ficar comigo uma saudade tua...
Hás de levar contigo uma saudade minha...
WAMOSY, Alceu. Livro dos sonetos. L&PM.

No verso “e a minha alcova tem a tepidez de um ninho”, a expressão sublinhada dá
sentido de um lugar
(A) aconchegante.
(B) belo.
(C) brando.
(D) elegante.

Um comentário:

  1. Por que não publicam respostas?O material é ótimo mas,as vezes um pouco de dificuldade com as respostas.Um abraço pelo empenho .

    ResponderExcluir